Códigos Primordiais

Fui curadora da exposição que apresentou pela primeira vez na América Latina quatro dos principais nomes da arte computacional no mundo. Em “Códigos Primordiais”, reuni  os britânicos Paul Brown, Harold Cohen e Ernest Edmond e o alemão Frieder Nake, que há mais de 40 anos usam códigos gerados por computador como ferramenta na criação de obras artísticas.

A mostra ocupou todas as salas do Oi Futuro, no Rio de Janeiro, de junho a agosto de 2015. 
O público teve a oportunidade de ver de perto documentos, gravuras, desenhos e pinturas e interagir com instalações, além de participar de debates sobre o que chamamos de arte digital, arte cibernética ou arte e mídia, tendência na arte contemporânea muito presente na cena artística brasileira, mas ainda sem grande escopo histórico. “Códigos Primordiais” jogou luz no Brasil sobre a singularidade de trabalhos antigos e novos desses precursores, cujo encontro no Rio de Janeiro é ainda hoje considerado no meio um marco histórico.  

Visto como pai da arte feita através da inteligência artificial,  Harold Cohen faleceu no ano seguinte à mostra, em 2016. Entre fevereiro e maio de 2024, ele é tema de uma exposição no Whitney Museum of American Art, em Nova York